domingo, 29 de novembro de 2009

Decadência – Facetas de uma cultura que se esqueceu de Deus! - Parte III

Palavras de Jeremias.... Jr. 1.1


Por favor eu tenho um NOME!

Vivemos em uma sociedade numerólatra, adora-se os números, o que importam são os números e nada mais. A ênfase destes adoradores são as metas a serem alcançadas, e qual é o MATERIAL humano que preciso para objetivar os números desejados.

Contudo, a história não é construída por números, antes, a história sempre foi construída por seres humanos com nomes. Consideremos esta verdade:

1) Do nosso nascimento: “Quando nascemos recebemos um nome e não um número. O nome é aquela parte da fala pela qual somos reconhecidos como pessoa. Não somos classificados como espécie animais....composto químico, valor econômico....recebemos um nome.” Seja um ser humano e não um número.

2) Da consideração Divina - Deus considerou os nomes e não os números nos dias de Jeremias, falou de Hilquias, Benjamim, Josias, Amom, Judá, Jeoaquim, e Zedequias. Não nomeamos os números, nomeamos vidas para cumprirem o seu papel na sociedade composta por nomes.

O grande erro moderno é valorizar os números em detrimento do ser humano! Não valorizar o valor do homem é não valorizar aquilo que foi criado a imagem e semelhança do Deus Soberano.

O grande erro moderno é valorizar os títulos em detrimento do ser humano! A essência principal de um homem não é constituída por diplomas ou por títulos. Não adianta ter a parede do escritório decorada de molduras com diplomas e títulos, enquanto a parede do nosso coração não foi moldurada pelo caráter, pela honestidade, pelo amor, pela integridade e pela misericórdia.

Quando tratamos de história tratamos de vidas. Lembrem-se os líderes até podem nos considerar como números, contudo, jamais se considere apenas mais um número: você é você! Você tem uma família, um nome, uma história, faça igual a Jeremias que viveu o significado do seu próprio nome intensamente – “aquele que exalta ao Senhor”.

Deus não te considera como mais um número, antes, ...para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. João 10.3

Qual é o seu nome? Não se esqueça que Deus te chama pelo nome e não pelo número!

Pr Manoel Leandro

sábado, 14 de novembro de 2009

Decadência – Facetas de uma cultura que se esqueceu de Deus! - Parte II

...Todavia, o meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta. v.32 – Jr 2

O Irmão Francis Schaeffer acertadamente afirmou: “Quando a igreja não fala contra os pecados prevalecentes no mundo pós-cristão, não está seguindo o exemplo de Deus dado por meio de Jeremias sobre aquilo que sua mensagem deveria incluir. Religião externa, apostasia, pecados sexuais e mentira – estes também são os assuntos de Jeremias.”

Na pastoral passada falamos que ao esquecermos de Deus podemos prestar culto a mamom, contudo, nesta rápida oportunidade falaremos de um outro altar que podemos cultuar quando esquecemos de Deus, trata-se do altar da falsidade.

Neste altar se cultua o próprio Satanás – foi o próprio Cristo que é a VERDADE quem afirmou: Quando ele (Diabo) profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Jo 8.44. Jeremias também estava profetizando em dias em que o povo de Deus mentia descaradamente. E mentiam contra:

1) Contra o próximo - “ Cada um zomba do seu próximo, e não falam a verdade; ensinam a sua língua a proferir mentiras; cansam-se de praticar a iniqüidade.” Jr 9.5

Enganar era a palavra de ordem naqueles dias, até mesmo os escribas tiveram as penas (os instrumentos de escrita da lei do Senhor) convertidas em mentira.

O Pai da mentira é o Diabo, contudo, a mentira já possui uma família bem grande, as filhas são: a falsidade, a tramóia, a trapaça, a tapeação, a falcatrua e a propina, já os seus filhos são: o suborno e o engano, o engodo, o embuste.

Em nossos dias este altar é muito freqüentado, pois com a mesma intensidade que afirmamos que amamos o próximo, descaradamente se tem mentido contra o próximo. A ganância e o jeitinho brasileiro imperam e o altar da mentira e da falsidade é levantado nos lugares mais improváveis, “porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá a ganância, e tanto o profeta como o sacerdote usam de falsidade.” Jr. 6.13.

2) Contra o próprio Deus – “ Vivem no meio da falsidade; pela falsidade recusam conhecer-me, diz o SENHOR.” 9.6

Naqueles dias se recusaram a conhecer o SENHOR, pois, se deleitavam na falsidade dos outros deuses. Na verdade conhecer a Deus é conhecer a própria verdade, assim, em uma cultura onde o conhecimento dominante se pauta na mentira, sempre haverá uma tendência em rechaçar tudo aquilo que se coloque como verdade absoluta.

Em nossos dias não é muito diferente, há um jargão que diz: “ ninguém é dono da verdade”, nós precisamos levantar a voz contra a tendência relativista que destrói os pilares da moral e dos bons costumes. Deus é a verdade para a família, Cristo é a verdade para a nossa vida profissional, Deus é a verdade que tanto faz falta para as nossas escolas, Cristo é a verdade que falta para a nossa sociedade. Deus é a verdade que liberta.

Se vivermos na mentira seremos comparados a um cinto de linho apodrecido que não serve para nada.

Que injustiça Deus praticou contra você? Nenhuma! Qual é a razão do seu afastamento?

Pr Manoel Leandro

sábado, 7 de novembro de 2009

Decadência – Facetas de uma cultura que se esqueceu de Deus!

...Todavia, o meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta. v.32 – Jr 2

O profeta Jeremias, também conhecido por muitos como o profeta chorão tinha muitas razões para se banhar em rios de suas próprias lágrimas, pois profetizou em dias em que Israel se esqueceu de Deus.

As lágrimas do homem de Deus vertiam, pois o povo virou as costas para os decretos celestiais e se deleitou nos transitórios decretos terrenos.

E quando o profeta falava, a sua mensagem não era recebida, sofria represálias e pouco a pouco Israel caminhava para as garras do inimigo, chamando-o de amigo! O cativeiro era certo! Do que Israel se esqueceu?

Do Deus Libertador – Não consideraram o amor daquele que promoveu a libertação, assim, iam a outros deuses, como adúlteros, se deitavam na recâmara da idolatria, tinham pés céleres para se dirigirem aos vários altares e se empenhavam em cumprir as ordenanças idólatras em detrimento das ordenanças divinas, ordenanças estas que lhes promoveram um dia a libertação.

Os nossos dias não são diferentes, sabemos da grande libertação oferecida pelo Cristo, sabemos que ele está conosco no deserto, no vale, na batalha, na tempestade, contudo, no primeiro instante de bonança possível demonstramos a nossa rebeldia.

O povo tem erguido outros altares e adorado outros deuses em nossos dias:

No altar do materialismo cultua-se a Mamom – embora o Cristo tenha nos alertado acerca deste deus quando disse: Não podeis servir a Deus e às riquezas.Mt. 6.24, como Israel, o povo insiste em servi-lo, não se tem mais tempo para os decretos de Deus, não se investe em oração, não se investe em estudo da palavra, não se investe mais no congregar, antes, se os decretos de Mamom são cumpridos nas seguintes posturas: “tenho mais o que fazer”, "vou trabalhar ‘25 horas’ por dia’, durante ‘8 dias’ da semana”, e a razão para esta prática é que tenho que pagar as dívidas, dívidas estas que não cessam, pois na religião de Mamom a ordenança principal é ter e sempre ter.

Neste altar a Mamom não há espaço para se ajuntar, congregar, pois as pessoas ficam sempre em último plano, é por isto que os lares estão cada vez mais vazios, a comunicação entre os casais não existe, os filhos não conhecem os seus pais mesmo morando debaixo do mesmo teto e não existe tempo para estar juntos com a família no culto ao Deus Eterno.

Neste altar a Mamom, se investe muito em aprender como adquirir mais e mais, as estratégias seguem a Lei de Gerson, eu preciso obter vantagem em tudo. Assim, justificaremos as nossas ausências nos trabalhos educacionais de nossa igreja, pois, afinal não temos tempo! Os ajuntamentos semanais são desprezados, a Escola Bíblica Dominical não encontra espaço em nossa agenda, e o culto congregacional é vergonhosamente negligenciado.

Neste altar a Mamom, a avareza é transformada em uma virtude valorosa, o desejo em adquirir bens terrenos é tamanho que se rouba a Deus descaradamente e o próximo que se vire, pois não há espaço no orçamento para as ofertas de alimentos, ofertas missionárias, ofertas voluntárias e falar sobre dízimo está francamente proibido para quem freqüenta o culto a Mamom.

O questionamento feito por Deus é propício para a nossa reflexão: Que injustiças acharam vossos pais em mim, para de mim se afastarem...? Jr 2.5

Que injustiça Deus praticou contra você? Nenhuma! Qual é a razão do seu afastamento?

Pr Manoel Leandro