sábado, 25 de abril de 2015

Igreja em células ou com células?

E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo. Atos 5.42

Desde os meus dias como presbítero regente comecei a perceber que no começo do ministério de muitos pastores(presbíteros docentes) nas igrejas locais, fase que muitos classificam como namoro entre o pastor e a Igreja,  a frequência dos  membros aumentavam, contudo, no decorrer da caminhada a frequência diminuía voltando ao quadro passado de baixa, as conclusões que o rebanho e/ou a liderança chegavam era no mínimo duas:
1ª Uns acreditavam que o problema estava no pastor, assim se mudassem o reverendo tudo melhoraria;
2ª Uns acreditavam que o problema estava nos membros.
 

E perguntava: O que estava de errado? 

Ao buscar resposta para a minha inquietação, percebi o quanto que a igreja atual (Presbíteros Regentes e Docentes e demais membros) carrega em sua concepção a nociva postura do sacerdócio exclusivo do clero.
 

Devido a esta nociva concepção impregnada na estrutura, as seguintes tarefas de cuidado mútuo: visitação, discipulado, evangelização entres outros, são de obrigação exclusiva de um só ou de uma equipe específica, já os demais membros da igreja assumem o papel de arquibancada, ou seja, meros consumidores que por várias vezes se tornam críticos vorazes. 

O que fazer?

Já em meus dias de seminário tive contato com diversos materiais que tratavam sobre a igreja local e suas estruturas. Entre vários livros lidos e experiências compartilhadas pude perceber que os lares são decisivos na vida da igreja, pois, são nos lares que a teologia ensinada na igreja deve ser disseminada visando à formação de homens e mulheres cristãos.
Constatei nas Escrituras Sagradas que tanto o Templo como as casas sempre receberam a atenção de Jesus Cristo, sendo que o investimento do Mestre nos lares é digno de nota. Os apóstolos seguindo a Cristo viram nas casas o local certo para anunciar o certo, bem como para viverem o certo.
 

Já de pronto quero afirmar que o escreverei abaixo não encerra o assunto, mas apenas tenho em mente contribuir com os meus colegas de ministério(Pbs docentes e regentes) que como eu amam a Igreja do Cristo, bem como respeitam a denominação e querem sim ofertar o melhor a Deus, pois creio que o uso das Escrituras e o compartilhar com irmãos produzem resultados edificadores em nossas vidas.
 

Como muitos sabem desde 2008 venho lidando com grupos familiares(células) e já pude perceber a diferença brutal que existe entre uma Igreja com células e uma Igreja em Células. Mas nem sempre pensei assim, cria como a maioria dos colegas de ministério que ter grupos familiares(células) na estrutura já era suficiente para promover e implantar de forma contínua e profícua uma postura funcional e discipuladora nos membros da igreja.
 

Ressalto, que numericamente falando Igreja "com" ou "em" células estrategicamente apresentam números que com raras exceções não superam os antigos métodos de cultos semanais e estudos bíblicos, mas a minha questão nunca foi com os números, mas sim sobre o que fazer para que os membros do corpo (igreja) se tornassem funcionais e não meros espectadores.
 

Na Igreja com células - O trabalho de grupo familiar é mais um dos vários programas que há na igreja local, ou seja, no geral concorrem com outras atividades semanais sem uma interligação, tendo como objetivo(com exceções) manter disponível para os membros mais uma programação para consumo.
 

A igreja com células, como raras exceções estão ligadas ao perfil do líder("sacerdote") que está a frente, se ele mudar de igreja, no geral o trabalho com células(grupos familiares) irá parar.
 

Outro desafio na igreja com células é lidar com a baixa no interesse em estar nos grupos familiares, pois como vemos tudo aquilo que é novo na ótica consumista é frequentado e valorizado, porém com o passar do tempo a "febre" passa e começam os dramas que se constata nas igreja de programas.
 

Na Igreja em células - Aqui tudo o que acontece na estrutura da igreja tem como base o Grupo Familiar(células), ou seja, nas palavras Neighbour Jr: "Todas as demais atividades são organizadas em função da célula". O princípio seguido é que cada crente é fundamental no cuidar do corpo, ou seja, não é obrigação única e exclusiva do pastor, mas sim, todos são chamados para o exercício do edificar uns aos outros.
 

Na igreja em células os membros são levado a ver que a semana(segunda a sábado) é o período certo para a igreja sair para: evangelizar, discipular, servir e edificar pessoas, ou seja, praticar o IDE, sendo que, no final de semana ela traz os frutos para a celebração comunitária no ajuntamento no prédio.
 

Com isto, o estilo da igreja muda de membros consumidores de programas para membros trabalhadores na seara, assim comprometidos e engajados com a liderança em cumprir a ordem do Cristo de fazer discípulos todos são envolvidos no processo de ser igreja na face da terra.

A implicação disto é que se houver mudança do Pastor dificilmente o trabalho extinguirá, pois por causa da prática servidora da comunidade a liderança conciliar irá buscar um outro líder que tenha o perfil adequado ao estilo da Igreja local.


Como o estilo de vida mudou é muito mais difícil acontecer o desânimo, uma vez que é sempre estimulante e desafiador o viver em grupos familiares, pois ver o nascimento de filhos e filhas espirituais através do discipulado, bem como a edificação bíblica mútua faz qualquer um feliz e útil na igreja.

O Pastor não é descartado na igreja em células, muito pelo contrário, a ele cumpre o precioso e árduo trabalho  supervisionar e cuidar dos seus liderados, bem como, ser o primeiro exemplo de discípulo e servo do Supremo Bispo da Igreja, a saber Jesus Cristo.


Isto é um breve ensaio, quem sabe um dia escreverei mais sobre o tema.


Manoel, pr

domingo, 22 de março de 2015

18 ANOS DA IPC - ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR


É com muita alegria que completamos no último dia 15/03/2015 uma data marcante para a história de nossa igreja: 18 anos de organização e de pregação da Palavra de Deus e Evangelização.


Somos gratos a Deus por tantas bençãos.

A todos os  líderes (pastores, presbíteros e diáconos) que labutaram durante esses longos anos.

A todos os membros que plantaram e colheram na seara do Jardim Helena, inclusive aqueles que encerraram sua obra entre nós e já gozam da morada celestial.

Nosso muito obrigado.

Por isso vamos celebrar.

Igreja Presbiteriana Canaã